quarta-feira, 15 de julho de 2009

Um pouco da nossa história.


Igreja Nossa Senhora do Rosário

As Irmandades de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos foram as primeiras a se instalarem em Minas Gerais. Reflexo do grande número de escravos na região das minas, foram também as mais numerosas. No censo de 1808, Vila Rica do Pilar (Ouro Preto) registrava que 83,6% da sua população era constituída de negros e mulatos, e 16,4% de brancos. Na Vila de São José del Rei, enquanto 30,7% da população era constituída de brancos, 69,3% eram pretos e mulatos. A igreja de Nossa Senhora do Rosário é tida como a mais antiga da cidade. Considerando-se que as irmandades do Rosário foram as primeiras a se instalarem na capitania, realmente sua construção deve datar de 1719. Em 1753, passou por reformas quando teve, então, seu frontispício totalmente alterado. Esse frontispício foi novamente alterado em 1936, quando foi construída a segunda torre.


Igreja de São Francisco de Assis
Bela e imponente, a Igreja de São Francisco de Assis é a grande referência da arquitetura religiosa colonial de São João del Rei. Em 1749, já existia uma capela dedicada à São Francisco de Assis, mas, em 1772, essa capela encontrava-se em péssimas condições, o que fez com que a Ordem Terceira Fanciscana desse início a um novo templo. “A autoria do projeto original é do Aleijadinho , comprovada pelo risco existente no Museu da Inconfidência de Ouro Preto.” (IPHAN). Mas, para executar o risco, foi contratado o mestre Francisco de Lima Cerqueira, que fez várias mudanças no projeto original, como substituição das torres oitavadas, modificações no desenho dos óculos da nave e alteração do arco-cruzeiro. Os trabalhos arquitetônicos foram concluídos em 1804.

Detalhe do teto da Catedral Basílica de N. S. do Pilar

Detalhe externo da Catedral Basílica de N. S. do Pilar
Rica e esplendorosa a catedral basílica de Nossa Senhora do Pilar é um dos orgulhos da arquitetura religiosa mineira e tem a sua história ligada início do povoamento local. Sob a responsabilidade da Irmandade do Santíssimo Sacramento, começou a construção de uma nova igreja em substituição da capela que teria sido incendiada durante os conflitos da Guerra dos Emboabas em 1709. A licença para esta nova construção é datada de 12 de setembro de 1721. Em 1732 quando as obras já estavam bem adiantadas chegaram de Portugal: ouro em folha, gessos, óleos, tintas e outros materiais destinados à capela-mor. Vieram também dois admiráveis painéis, 'A Santa Ceia' e 'Jesus na Casa do Fariseu'. Para complementar a obra ainda era necessária a forração da igreja, além da colocação de lâmpadas, torre e sinos. “No ano de 1750, a edificação já se encontrava praticamente concluída e ornada como se infere da descrição feita por José Álvares de Oliveira, em sua História do Distrito do Rio das Velhas escrita no mesmo ano. “ (IPHAN) Existe pouquíssima documentação sobre sua construção e os artistas que nela trabalharam. Dos poucos nomes registrados dois se destacam: Francisco Lima Cerqueira, grande construtor português que atuou em São João del Rei e Manuel Vitor de Jesus. Com todas as pompas, próprias da encenação barroca da morte, foram aqui celebradas “as barroquíssimas exéquias” de D. João V em dezembro de 1750, o soberano português havia falecido em 31 de julho. Aqui também se celebrou um Te-Deum em regozijo pelo malogro da Inconfidência Mineira.

7 comentários:

yara disse...

Que saudades!!! Bom lembrar as coisas importantes da nossa história.
Parabéns.
Yara

José Luiz disse...

Oi Yara,

Obrigado pelo comentário.
Zé Luiz

Unknown disse...

Oi Zé,

As Igrejas estão lindas e saber dos detalhes, da história de um tempo tão belo, completa as imagens!

Monica Richter

José Luiz disse...

Oi Monica,
Agradeço seu comentário.
Zé Luiz

Anônimo disse...

Pôxa! Acabei conhecendo mais coisas do que eu imaginava sobre Tiradentes, com seu blog. Obrigada.
Tânia

José Luiz disse...

Tânia,
Agradeço seu comentário.
Zé Luiz

Anônimo disse...

Acho que tenho qe ir para lá...

edson